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Escola Barão de Congonhas - a caminho de seu centenário...

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Ao percorrermos a linha do tempo congonhense, observamos que sua tradição religiosa e seu pendor cultural se confundem com a devoção à Nossa Senhora da Conceição e do Rosário (manifestadas nos primórdios do século XVIII), ao Bom Jesus de Matosinhos e sua majestosa Basílica, e do Colégio construído no seu entorno para a educação da mocidade, como se dizia à época. Fachada da Escola Municipal Barão de Congonhas - 2023 - Foto: Racchel Santiago Com o crescimento populacional do arraial, em fins do século XVIII, a administração da Mesa da Irmandade do Senhor Bom Jesus de Matosinhos iniciou um processo que visava oferecer o ensino das “primeiras letras” às crianças e adolescentes que pudessem ser alfabetizados em Congonhas. As aulas eram pagas, porém, poucas eram as famílias que na aquela época pudessem custear a educação de seus filhos.  No início do século XIX existiam apenas dois colégios em Minas Gerais: o Seminário Nossa Senhora da Boa Morte de Mariana (1750) e o do Caraça (1820), a...

Congonhas celebrou seu primeiro aniversário...

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Congonhas, município emancipado de Conselheiro Lafaiete em 17 de dezembro de 1938 e instalado em 1º de janeiro de 1939 com a posse do prefeito Dr. Alberto Teixeira dos Santos Filho (nomeado pelo então Governador de Minas Gerais, Dr. Benedicto Valadares), dava seus primeiros passos de sua trajetória independente, tendo à frente enormes desafios administrativos e financeiros a serem vencidos. Decorridos os doze primeiros meses da recém-instalada administração municipal, e mesmo com parcos recursos e quadro reduzido de servidores públicos (eram apenas cinco), o prefeito Dr. Alberto Teixeira, com muita altivez, finalizava o ano com várias realizações e conquistas em prol da população. E para celebrar esse momento, uma comissão (popular e independente) foi formada com o fito de organizar todas as festividades, bem como a artística ornamentação da cidade. Faziam parte da distinta comissão os senhores: João Paulo Arges - presidente; Dr. Pierre Hebri Geisweiller - vice-presidente; farmacêutico...

Dom Silvério Gomes Pimenta - o semeador de fé e luz...

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No limiar do século XIX Congonhas já experimentava o rápido desenvolvimento da pujante devoção ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos, iniciada em 1757 pelo português Feliciano Mendes ao dar cumprimento à sua promessa. E tantas são as graças recebidas, além de milagres inauditos operados à sua invocação que, em pouco tempo, Congonhas se tornara centro de numerosas e constantes romarias, e mais tarde convertido pela generosidade de seus devotos num dos mais célebres Santuários do Brasil, ao qual fazem guarda em artísticas estátuas de “pedra sabão”, lavradas pelo escopro inspirado do imortal Antônio Francisco Lisboa - O Aleijadinho, Profetas que ao mundo anunciaram o Divino Redentor. Foi nesse ambiente impregnado de fé e de bênçãos que, no alvorecer do ano de 1840, a pouco mais de 2km de distância da sede do pequeno e florescente arraial de Congonhas do Campo, viviam Antônio Alves Pimenta e Porcina Gomes de Araújo. Sob as bênçãos da Igreja, algum tempo antes recebidas na Matriz de Nossa Senho...

Congonhas e os visitantes estrangeiros no século XIX

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O Brasil colonial vivia a passos lentos em seu desenvolvimento e progresso, como determinava o domínio português, cujo objetivo maior era extrair da colônia suas riquezas minerais e levá-las para o reino além mar. Os portos eram fechados. Só entravam na colônia quem os portugueses autorizavam. Tudo era restrito e mesmo com o intenso comércio com a Inglaterra e o constante tráfico de pessoas escravizadas da costa africana, a presença de estrangeiros em terras brasileiras era restrita e muito bem controlada. Esse cenário só iria mudar após a vinda da corte portuguesa para o Brasil no ano de 1808. Dom João VI, ao se estabelecer em terras tupiniquins, passou a exigir melhorias na condição de vida das províncias, principalmente no Rio de Janeiro. E uma de suas ações foi promover a abertura dos portos às nações amigas de Portugal, principalmente a Inglaterra. Assim, inicia-se a vinda para cá dos viajantes europeus ávidos em desbravar e conhecer melhor o Brasil, atraindo pesquisadores e natur...